Zuckerberg defende aquisições do Instagram e WhatsApp em julgamento antimonopólio

Mark Zuckerberg defende a aquisição do Instagram e WhatsApp em julgamento, argumentando que as plataformas se beneficiaram dos recursos do Facebook e que a Meta enfrenta forte concorrência de rivais como TikTok e YouTube.

Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, testemunhou em um tribunal de Washington defendendo a aquisição do Instagram e WhatsApp, argumentando que ambas as plataformas se beneficiaram significativamente dos recursos e expertise do Facebook. No centro do caso, os Estados Unidos acusam a Meta de práticas monopolistas ao adquirir o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014, buscando eliminar potenciais concorrentes ao Facebook e Messenger. A Comissão Federal de Comércio (FTC) busca forçar a Meta a se desfazer dessas plataformas, caso o juiz federal dê ganho de causa à agência.

Zuckerberg argumentou que o Instagram enfrentaria desafios consideráveis para atingir sua escala atual sem o apoio do Facebook. Ele enfatizou a importância de inovação constante e a resolução de complexos problemas técnicos, organizacionais e legais para alcançar o sucesso global, mencionando que o Instagram hoje conta com 2 bilhões de usuários. Quanto ao WhatsApp, Zuckerberg reconheceu sua excelência técnica, mas alegou que seus fundadores careciam da ambição necessária para transformá-lo em uma plataforma global dominante. Sheryl Sandberg, ex-diretora de operações da Meta, corroborou o depoimento de Zuckerberg, destacando a intensa competição no cenário digital, incluindo a rivalidade com o Google.

O julgamento, que se estenderá por oito semanas, reacende um debate sobre o poder e influência das grandes empresas de tecnologia. A FTC argumenta que a Meta eliminou ameaças competitivas ao adquirir o Instagram por US$ 1 bilhão e o WhatsApp por US$ 19 bilhões. Zuckerberg, por sua vez, refuta essa interpretação, afirmando que a aquisição do Instagram visava a expertise da plataforma em fotografia e compartilhamento de imagens, sem a intenção de prejudicar seus usuários.

A defesa da Meta se concentra na intensa competição enfrentada por outras plataformas, como o TikTok, cujo crescimento meteórico impactou o Facebook e Instagram. Zuckerberg reconheceu que o TikTok superou suas plataformas em popularidade, apesar dos esforços da Meta em lançar produtos concorrentes como o Reels. Além do TikTok, Zuckerberg citou o YouTube como um concorrente importante, especialmente na atração de criadores de conteúdo, que desempenham um papel fundamental no sucesso das redes sociais. Ele enfatizou a crescente importância do vídeo como meio de expressão e consumo de conteúdo online.

O caso antimonopólio contra a Meta é um dos mais significativos dos últimos anos no setor tecnológico, juntamente com ações semelhantes contra Google, Apple e Amazon. O desfecho do julgamento terá um impacto importante no futuro da concorrência e inovação no mercado digital.

  • A FTC argumenta que as aquisições prejudicaram os usuários, forçando-os a tolerar mais anúncios.
  • A Meta defende que enfrenta concorrência acirrada de outras plataformas populares.
  • Zuckerberg admitiu que o TikTok é maior que o Facebook e Instagram.
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