A Polícia Civil de São Paulo identificou Esteliano José Madureira como o principal suspeito no assassinato da estudante da USP, Bruna Oliveira da Silva, ocorrido na Zona Leste de São Paulo. A identificação foi possível através de um retrato falado gerado com inteligência artificial, a partir de imagens de câmeras de segurança. O DHPP solicitou a prisão temporária do suspeito, enquanto aguarda os resultados dos laudos periciais para determinar a causa da morte.
A Polícia Civil de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (23), a identificação do principal suspeito no caso do assassinato da estudante da Universidade de São Paulo (USP), Bruna Oliveira da Silva. O crime chocou a comunidade acadêmica e a população da Zona Leste da capital paulista.
Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi apontado como o responsável pela morte da jovem. A identificação foi concretizada após a análise de um retrato falado, elaborado com o auxílio de inteligência artificial. As imagens que permitiram a criação do retrato foram extraídas de câmeras de segurança localizadas nas proximidades do Terminal do Metrô Itaquera, local onde Bruna foi vista pela última vez.
As autoridades policiais informaram que o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já solicitou à Justiça a prisão temporária de Madureira. A decisão sobre a decretação da prisão está agora nas mãos do poder judiciário. Até o momento, não foi possível localizar a defesa do suspeito para obter um posicionamento sobre as acusações.
De acordo com fontes ligadas à investigação, um laudo preliminar sugere que a causa da morte de Bruna Oliveira da Silva foi asfixia por estrangulamento. No entanto, a confirmação oficial depende dos resultados de exames complementares que estão sendo realizados pelos peritos.
Na terça-feira (22), a Polícia Civil já havia realizado uma operação com o objetivo de capturar o homem que abordou a estudante na saída do Terminal do Metrô Itaquera, situado na Linha 3-Vermelha. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Bruna foi seguida pelo suspeito. As imagens capturadas pelas câmeras de segurança foram cruciais para o avanço das investigações.
Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, declarou: “Nossas equipes estão empenhadas em localizar esse homem, que, segundo informações, reside na região. Constatamos que ele não conhecia a vítima. As imagens analisadas mostram o suspeito seguindo a estudante. Em um determinado ponto, as imagens são interrompidas. Suspeitamos que ele a tenha abordado e a levado para o local onde o crime foi consumado”.
Bruna Oliveira da Silva tinha 28 anos e estava desaparecida desde o dia 13 de abril, quando saiu da estação do metrô em direção à sua residência, onde morava com o pai. Seu corpo foi encontrado em um estacionamento próximo ao local do desaparecimento, apresentando sinais de violência e queimaduras. Um sutiã e um saco plástico foram encontrados próximos ao corpo.
O ex-marido, o atual namorado e familiares da vítima foram interrogados pela polícia. Segundo relatos dos parentes, Bruna havia estado na casa do namorado antes de desaparecer. A polícia busca entender a motivação por trás do crime e se o suspeito agiu sozinho.
Bruna era graduada em História pela Universidade de São Paulo (USP) e possuía mestrado em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, título obtido em 2020. Recentemente, ela havia sido aprovada para o mestrado de pós-graduação em Mudança Social e Participação Política na mesma instituição. Bruna deixa um filho de 7 anos.
A direção da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, onde Bruna estudava, divulgou uma nota lamentando a morte da aluna. “A direção manifesta seus sentimentos aos familiares e amigos de Bruna”, diz a nota.
A comunidade acadêmica da USP e a população de São Paulo permanecem em estado de choque com o crime. As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que o responsável seja levado à justiça. A polícia pede que qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro de Esteliano José Madureira entre em contato com as autoridades.