Ataque aéreo russo atinge Kiev: Zelensky cobra sanções urgentes

A Rússia intensificou seus ataques contra a Ucrânia, lançando centenas de drones e mísseis, com foco em Kiev. Zelensky apela por sanções e apoio dos aliados ocidentais.

Ataque aéreo em Kiev
Créditos: Agência Brasil

Em uma escalada alarmante do conflito, a Rússia lançou uma ofensiva aérea massiva contra a Ucrânia, empregando uma combinação devastadora de drones e mísseis. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reportou que aproximadamente 400 drones e 18 mísseis foram disparados contra o território ucraniano durante a noite, resultando em vítimas e danos significativos, especialmente na capital, Kiev. O ataque coordenado teve como alvo principal a cidade de Kiev, onde infraestruturas civis e áreas residenciais foram atingidas.

As autoridades locais confirmaram que destroços de drones causaram incêndios em edifícios residenciais, particularmente no distrito central de Shevchenkivskyi. A tragédia resultou na morte de pelo menos duas pessoas e deixou 13 feridos, elevando a tensão na já instável região.

Entre as vítimas fatais, encontra-se uma mulher de 68 anos e um policial de 22 anos, ambos mortos enquanto se refugiavam em uma estação de metrô, utilizada como abrigo antiaéreo. O Ministro do Interior, Ihor Klymenko, lamentou a perda de vidas e destacou a brutalidade do ataque, que demonstra um desrespeito flagrante pelas normas humanitárias internacionais.

O chefe da administração local, Tymur Tkachenko, descreveu a cena como caótica, com múltiplos incêndios consumindo edifícios residenciais, veículos, armazéns, escritórios e outras estruturas não residenciais. Em resposta à ameaça iminente, os moradores foram orientados a buscar abrigo e a fechar suas janelas para se protegerem da fumaça densa que envolvia a cidade. O alerta de ataque aéreo permaneceu em vigor por aproximadamente três horas, paralisando a vida cotidiana e gerando pânico generalizado.

Este ataque surge apenas dois dias após um outro, já considerado o maior contra a Ucrânia desde o início das hostilidades, no qual a Rússia lançou um impressionante arsenal de 728 drones e 13 mísseis. A frequência e a intensidade desses ataques indicam uma escalada preocupante do conflito, com implicações humanitárias e geopolíticas de longo alcance.

Em resposta à escalada da violência, o presidente Zelensky fez um apelo urgente à comunidade internacional, instando os aliados ocidentais a imporem sanções rápidas e eficazes contra Moscou. Ele enfatizou que a pressão sobre a Rússia deve ser intensificada até que o país sinta as consequências reais de suas ações. Zelensky destacou que o financiamento adicional para sistemas de defesa aérea e interceptores de drones é crucial para proteger a população civil e a infraestrutura crítica da Ucrânia.

Zelensky também revelou que uma reunião de emergência com parceiros ocidentais está agendada para discutir o apoio financeiro e militar adicional à Ucrânia. A videoconferência contará com a participação de líderes influentes, como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron. A presença desses líderes demonstra a seriedade com que a comunidade internacional está lidando com a crise na Ucrânia.

Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, tem um encontro previsto com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em Kuala Lumpur, paralelamente a uma reunião de chefes de diplomacia de países do Sudeste Asiático. Esses encontros diplomáticos paralelos indicam uma busca por canais de comunicação e possíveis soluções para o conflito, mesmo em meio à escalada da violência. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou o compromisso de seu país em apoiar a Ucrânia, anunciando planos para enviar mais armas a Kiev. Ele também criticou o presidente russo por declarações consideradas imprecisas sobre a situação na Ucrânia, demonstrando uma postura firme em relação à agressão russa.

A situação na Ucrânia permanece crítica, com a população civil vivendo sob a constante ameaça de ataques aéreos. A comunidade internacional enfrenta o desafio de encontrar uma solução diplomática para o conflito, ao mesmo tempo em que busca garantir a segurança e a soberania da Ucrânia. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro da região e a estabilidade da ordem internacional.

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