A estreia de Robinho Jr. no time profissional do Santos, contra o Flamengo, superou as expectativas e alterou os planos do clube. O jovem talento, elogiado por Neymar e Cléber Xavier, demonstrou maturidade e potencial, acelerando sua transição para o futebol profissional.
A ascensão de Robinho Jr. ao time profissional do Santos surpreendeu a todos, inclusive a comissão técnica. Sua estreia, quebrando a banca contra o Flamengo na Vila Belmiro, marcou não apenas uma vitória por 1 a 0 no Campeonato Brasileiro, mas também um ponto de inflexão nos planos do clube para o jovem talento.
Inicialmente, o Santos planejava uma transição mais gradual para o filho do ídolo Robinho. A ideia era evitar expor o atleta de 17 anos à pressão excessiva e dar-lhe tempo para aprimorar sua forma física. No entanto, o desempenho notável de Robinho Jr., incluindo uma assistência no amistoso contra o Desportiva Ferroviária, forçou uma reavaliação da estratégia.
Apesar do receio inicial de ‘queimar’ o garoto, a comissão técnica e a diretoria reconheceram o potencial e a maturidade demonstrados por Robinho Jr. nos treinos diários. A pressão adicional de ser filho de um ícone do clube não pareceu abalar o jovem, que se mostrou pronto para o desafio.
Fisicamente, Robinho Jr. ainda precisa ganhar massa muscular. Com 1,70m e 51kg, ele é considerado franzino para os confrontos físicos do futebol profissional. No entanto, sua habilidade, visão de jogo e, acima de tudo, sua personalidade forte, compensam essa desvantagem.
Durante a partida contra o Flamengo, a torcida santista clamou pela entrada de Robinho Jr., demonstrando grande expectativa em relação ao jovem. Aos 21 minutos do segundo tempo, o técnico Cléber Xavier atendeu ao pedido da torcida, lançando o Menino da Vila ao campo.
O talento de Robinho Jr. já rendeu elogios de ninguém menos que Neymar. O craque, que acompanhou a estreia do jovem, destacou a semelhança com o pai e a força mental do garoto diante da pressão. Cléber Xavier também enalteceu a qualidade do jogador, justificando sua entrada em campo pela necessidade de um jogo mais incisivo pelo lado direito do ataque.
Neymar declarou: ‘Tem muito potencial. A semelhança com o pai é muito grande, independentemente do que o pai está passando, o moleque tem uma cabeça muito boa, muito forte. Não é fácil estar no lugar dele. E não é fácil estrear dessa forma, com pressão que leva o nome dele, pressão que é estar aí. Estou aqui para ajudar. Menino de muito bom coração, torço demais por ele. Fiquei muito contente de vê-lo pequenininho e agora estar ao meu lado. O tempo está passando (risos), e passando rápido. Fico contente por ele, e agora só depende dele. Futebol e potencial ele tem’
Cléber Xavier complementou: ‘Mostrou um pouco do que mostrou no amistoso. Tem qualidade, precisava de mais jogo pela direita e era a opção que eu tinha. Tinha o Bontempo para flutuar por dentro, mas eu precisava de algo diferente. A gente precisava matar ou morrer e fui atrás, corremos esse risco. Tentei deixar o Neymar mais livre, depois tentei o Bontempo por dentro… é isso, foi o que eu tentei’