AMD enfrenta potenciais prejuízos de US$ 800 milhões devido a novas taxas de exportação para a China

A AMD pode perder US$ 800 milhões com novas taxas para exportar para a China

Imagem da AMD
Créditos : Adrenaline

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China continua a impactar negativamente as gigantes da tecnologia. Após a NVIDIA expressar preocupações sobre um possível prejuízo de US$ 5,5 bilhões decorrente de novas restrições de exportação impostas pelos EUA, a AMD revelou que também enfrenta desafios significativos. A empresa estima que poderá incorrer em custos de até US$ 800 milhões para se adaptar aos novos regulamentos.

De acordo com um documento submetido à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA, a AMD planeja alocar esses recursos para o gerenciamento de estoques, compromissos de compra e outras reservas relacionadas à sua cadeia de suprimentos. A empresa também buscará novas licenças de exportação, embora reconheça que a obtenção dessas licenças não é garantida, adicionando uma camada de incerteza ao cenário.

Para contextualizar a magnitude desse impacto financeiro, os US$ 800 milhões representam aproximadamente 50% da receita líquida total que a AMD gerou no último ano fiscal. Esse valor considerável destaca a vulnerabilidade da empresa às flutuações políticas e comerciais entre as duas maiores economias do mundo. A AMD ressalta que suas projeções estão sujeitas a mudanças, dependendo de fatores materiais e condições econômicas globais em constante evolução.

Assim como a NVIDIA, a AMD está entre as empresas que mais podem sofrer com as políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos em relação à China. Além do aumento de tarifas sobre produtos chineses, que já podem ter sofrido alterações, o governo americano impôs restrições a diversos itens de tecnologia que podem ser exportados para o país asiático. Essas medidas visam limitar o acesso da China a tecnologias de ponta e fortalecer a competitividade das empresas americanas.

Embora o governo dos EUA tenha sinalizado a possibilidade de isentar algumas empresas do pagamento das taxas, a implementação dessa política permanece incerta. A volatilidade das decisões governamentais e as constantes mudanças nas tarifas e suspensões temporárias contribuem para a instabilidade do mercado e dificultam o planejamento das empresas. A AMD, portanto, enfrenta um ambiente de negócios complexo e desafiador.

Diante desse cenário, é provável que outras empresas do setor de tecnologia também enfrentem prejuízos significativos em suas operações nos próximos meses. A AMD, por sua vez, continua focada no desenvolvimento de novas tecnologias, como a arquitetura Zen 6, que deve impulsionar seus processadores Epyc “Venice” em 2026. Esses processadores serão fabricados com a tecnologia de 2nm da TSMC, demonstrando o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções de alto desempenho.

A AMD recentemente lançou o Amuse 3.0, uma ferramenta com geração de vídeo por IA, otimizado para GPUs e CPUs Ryzen.

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