Após conversa Trump-Putin, Rússia intensifica ataques na Ucrânia com bombardeio massivo

A Rússia intensificou seus ataques na Ucrânia, realizando o maior bombardeio desde o início da guerra, logo após uma conversa entre Donald Trump e Vladimir Putin. Kiev foi alvo de múltiplos ataques com drones e mísseis, causando feridos e danos significativos. A situação se agrava com a suspensão de envio de armas pelos EUA e a resposta ucraniana com ataques em território russo.

Bombardeio em Kiev
Créditos: G1

Em um cenário de escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia, autoridades ucranianas reportaram o mais intenso bombardeio desde o início das hostilidades. A ofensiva russa ocorreu um dia após uma conversa telefônica entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, levantando questionamentos sobre possíveis influências na estratégia russa.

De acordo com informações fornecidas pelo governo ucraniano, as forças russas desencadearam uma série de 539 ataques utilizando drones, complementados por 11 bombardeios com mísseis direcionados à capital, Kiev. A magnitude do ataque resultou em 23 feridos e causou danos significativos a diversos edifícios na cidade.

A população de Kiev enfrentou uma noite de pânico, com sirenes de alerta aéreo soando incessantemente, o zumbido de drones kamikazes e o impacto de explosões abalando a cidade. Famílias buscaram refúgio em estações de metrô subterrâneas, transformadas em abrigos improvisados para escapar da violência. Yulia Golovnina, uma residente de 47 anos, relatou a rotina angustiante de passar noites nos subterrâneos, compartilhando o espaço com funcionários e outros moradores em busca de segurança.

A prefeitura de Kiev informou que seis dos dez distritos da cidade foram atingidos pelos ataques. A fumaça densa resultante das explosões pairava sobre a cidade, testemunho da intensidade do bombardeio.

O ataque em grande escala coincidiu com uma conversa telefônica entre Donald Trump e Vladimir Putin. Trump mencionou ter tido uma longa discussão com Putin, mas minimizou a possibilidade de avanços significativos. O Kremlin, por sua vez, comunicou que Putin reafirmou a determinação da Rússia em não ceder em seus objetivos na Ucrânia.

A postura de Trump após a conversa contrastou com o otimismo demonstrado em ligações anteriores com Putin ao longo do ano, onde ele havia sinalizado possíveis progressos em direção a um acordo. Essa mudança de tom levanta especulações sobre o impacto da conversa recente na dinâmica entre os dois países.

Um porta-voz militar da Força Aérea ucraniana classificou o bombardeio como o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022, sublinhando a gravidade da escalada.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, associou o início do alerta antiaéreo em todo o país ao anúncio da ligação entre Putin e Trump, sugerindo uma possível conexão entre os eventos. Zelensky enfatizou que a intensificação dos ataques demonstra a necessidade de uma pressão internacional robusta para modificar o comportamento russo.

Zelensky reportou que 23 pessoas ficaram feridas nos bombardeios. A Força Aérea ucraniana detalhou que a Rússia lançou 539 drones e 11 mísseis, dos quais 268 drones e dois mísseis foram interceptados pelas defesas aéreas.

A Rússia intensificou os ataques noturnos nas últimas semanas. Estatísticas da AFP indicam que Moscou lançou um número recorde de drones e mísseis contra a Ucrânia em junho, coincidindo com um período de estagnação nas negociações de paz entre Kiev e Moscou.

A escalada dos ataques ocorre em um momento de preocupação, após o anúncio do governo dos Estados Unidos sobre a suspensão temporária do envio de algumas armas para a Ucrânia, um apoio considerado crucial para a defesa contra os bombardeios russos.

Em paralelo, a Ucrânia intensificou seus próprios ataques com drones em território russo. Um incidente resultou na morte de uma mulher devido à queda de um drone ucraniano em um prédio residencial, conforme relatado pelo governador interino da região.

A situação permanece tensa e fluida, com o futuro do conflito incerto. A comunidade internacional observa atentamente os desenvolvimentos, buscando formas de desescalar a violência e promover uma solução pacífica para a crise.

  • Ataques russos intensificados após conversa Trump-Putin.
  • Kiev sob bombardeio massivo, com relatos de feridos e danos.
  • Preocupações aumentam com suspensão de apoio militar dos EUA.
  • Ucrânia responde com ataques de drones em território russo.
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