Bolsonaro mantém estabilidade clínica em UTI no segundo dia de internação pós-cirúrgica

O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado em UTI após cirurgia para tratar suboclusão intestinal. Equipe médica relata quadro estável e sem previsão de alta, destacando a complexidade do pós-operatório e a necessidade de cuidados intensivos.

Jair Bolsonaro em leito hospitalar
Créditos: G1

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue sob cuidados médicos em um hospital particular de Brasília, permanecendo em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta terça-feira (15). A equipe médica responsável informou que, no momento, não há uma data definida para a alta hospitalar.

De acordo com o boletim médico divulgado na manhã de hoje, Bolsonaro apresenta um quadro de estabilidade clínica, sem queixas de dor, ausência de sangramentos e sem o registro de outras complicações decorrentes do procedimento cirúrgico a que foi submetido. A deambulação assistida, que consiste no ato de levantar-se e/ou caminhar com o auxílio de outra pessoa ou dispositivo de apoio, tem sido utilizada como parte do processo de recuperação do ex-presidente, visando contribuir para a mobilidade corporal após a intervenção cirúrgica.

Em uma publicação nas redes sociais, Bolsonaro expressou sua gratidão aos amigos que têm respeitado o período de recuperação, no qual as visitas estão restritas a familiares e à equipe médica. Ele também afirmou estar concentrado em sua recuperação. Um vídeo divulgado por volta das 10h em outra plataforma social mostra Bolsonaro caminhando com o auxílio de um andador, acompanhado pela equipe médica. A legenda da publicação traz a mensagem: “Sem desistir! Vamos adiante, Brasil.”

O deputado Coronel Zucco (PL-RS), líder da oposição, visitou o hospital e informou ter encontrado a família do ex-presidente, embora não tenha tido contato direto com Bolsonaro. Segundo o deputado, o ex-presidente está bem, demonstra bom humor, faz brincadeiras e se mostra otimista em relação à sua recuperação. Na tarde da segunda-feira (14), a equipe médica informou que Bolsonaro apresentava uma evolução clínica considerada boa, permanecendo acordado, orientado e sem intercorrências ao longo do dia.

O ex-presidente foi submetido a uma cirurgia de aproximadamente 12 horas no domingo (13), em Brasília, para tratar uma suboclusão intestinal – uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas em decorrência de múltiplas cirurgias anteriores, realizadas após o atentado sofrido em 2018. De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, membro da equipe médica, esta cirurgia – a sétima desde o atentado – está entre as mais complexas já realizadas em Bolsonaro. A longa duração do procedimento já era prevista pela equipe médica.

Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, o que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação das aderências.

“Não houve nenhuma complicação, realmente foi o que era esperado. Um procedimento muito complexo. Agora nos cuidados pós-operatórios, quando há um procedimento muito prolongado como esse, o organismo do paciente acaba tendo uma resposta inflamatória muito importante, fica muito inflamado”, explicou Echenique.

Ele acrescentou: “Isso pode levar a uma série de intercorrências. Aumenta o risco de algumas infecções, de precisar de medicamentos para controlar a pressão. Há um aumento do risco de trombose, problemas de coagulação do sangue. O pulmão, a gente acaba tendo um cuidado específico. Todas as medidas preventivas serão tomadas, por isso que ele se encontra na UTI neste momento”.

“Vai ser um pós-operatório muito delicado e prolongado. Alguns perguntaram: ‘ele vai ter alta nesta semana?’ Não há previsão”, concluiu o cardiologista.

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