Um ciclone extratropical causa fortes chuvas e ventos intensos, de até 110 km/h, em várias regiões do Brasil, impactando desde o Sul até o Nordeste do país.
Créditos: G1
O início desta semana foi marcado por condições climáticas severas em diversas áreas do Centro-Sul e Sul do Brasil. Uma mudança abrupta no tempo, impulsionada por um ciclone extratropical originado no Rio Grande do Sul, está provocando ventos fortes, com velocidades que podem alcançar até 100 km/h, e chuvas intensas em vários estados. De acordo com os principais centros de meteorologia, como Climatempo e MetSul, a instabilidade climática se estende por São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, com previsão de rajadas de vento e ocorrência de precipitação. Na capital paulista e em cidades da Grande São Paulo, as rajadas de vento já atingem entre 80 km/h e 100 km/h, causando transtornos como a queda de árvores sobre veículos, como registrado na zona leste da cidade.
A chuva que atinge São Paulo se espalha pelo interior e litoral do estado, com alertas de alagamento emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A Defesa Civil também emitiu um alerta para ventos fortes no Centro-Leste do estado, com ventanias de até 70 km/h nas regiões de Campinas, Vale do Paraíba e litoral norte. O litoral paulista também está sob a influência da frente fria, com a Marinha do Brasil emitindo um alerta de ressaca com ondas de até 3 metros de altura. Desde o último sábado, há um aviso de ventania entre Florianópolis (SC) e São João da Barra (RJ), com ventos de noroeste a sudoeste de até 75 km/h.
No litoral gaúcho, as rajadas de vento já alcançam 110 km/h. O avanço do ciclone também provoca ventos intensos em capitais como Porto Alegre, onde a temperatura marca 15 °C, e Florianópolis, onde o céu permanece limpo, mas o vento sopra forte e deve se intensificar ao longo do dia. Após um período de tempo seco, a chuva retorna com grande volume a boa parte de Mato Grosso do Sul. Há risco de temporais com granizo e acumulados significativos de chuva, segundo meteorologistas. Em Campo Grande, a última vez que choveu mais de 10 mm foi no final de junho. A situação exige atenção redobrada por parte da população e das autoridades.
A instabilidade climática se desloca do Centro-Sul para outras regiões ao longo da semana, com previsão de chuva desde o norte do Acre até o litoral sul da Bahia, além de registros em Recife, onde a Defesa Civil local colocou a cidade em estado de atenção devido às chuvas e à maré alta, com picos de 2,5 metros. Em João Pessoa (PB), o céu está carregado com chuvas intensas, cenário semelhante ao de toda a costa do Nordeste. Também chove nas capitais Rio Branco (AC) e Boa Vista (RR). Em contraste, Brasília (DF) e Vitória (ES) enfrentam uma tarde quente e seca, com tempo firme – condição que também se mantém em grande parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rondônia. Essa diversidade climática demonstra a abrangência dos impactos do sistema meteorológico em diferentes regiões do país.
Com a passagem da frente fria, uma massa de ar polar deve avançar sobre o estado de São Paulo a partir de terça-feira, provocando uma queda acentuada nas temperaturas. De acordo com o Inmet, a capital paulista deve registrar nesta segunda-feira uma variação entre 12 °C pela manhã e 31 °C à tarde. Na terça-feira, a máxima não deve passar de 18 °C – cenário que deve se repetir na quarta-feira. O estado está sob alerta amarelo de perigo potencial de queda de temperatura, exigindo cuidados com a saúde, principalmente de crianças e idosos. As autoridades recomendam que a população se mantenha informada sobre as atualizações da previsão do tempo e siga as orientações da Defesa Civil para evitar acidentes e minimizar os impactos das condições climáticas adversas. É importante evitar áreas de risco, como encostas e margens de rios, e redobrar a atenção ao dirigir em condições de chuva e vento forte.
