
Créditos: Canal HP
Os restos mortais da vítima apresentavam sinais de queima e estavam acompanhados de vestes reconhecidas por sua mãe. A perícia constatou indícios de tortura e agressões severas, incluindo a remoção das mãos, conforme detalhado pela PC/PR.
O delegado Isaías Machado informou que Eunice foi submetida a um ‘julgamento’ por traficantes por volta das 23h do dia 6 de janeiro, motivado por uma suposta acusação de furto não comprovada. Quatro indivíduos a agrediram até a morte, transmitindo a cena via live para outros criminosos da região.
Após a sessão de tortura, homicídio e ocultação do corpo, a vítima foi incinerada. A exposição de partes do cadáver devido às chuvas permitiu que um morador o encontrasse e alertasse as autoridades. Peritos do IML e da Criminalística realizaram a remoção do corpo.
Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que os mesmos suspeitos estavam envolvidos em outro caso, ocorrido em 30 de dezembro de 2024. Utilizando o mesmo modus operandi, agrediram brutalmente outra vítima, sob a alegação de traição. As agressões foram filmadas e transmitidas ao vivo, e a vítima foi enterrada sob a presunção de estar morta.
Contudo, a mulher sobreviveu e conseguiu rastejar por alguns metros até ser resgatada e levada ao Hospital de Sengés, sendo posteriormente transferida para a UTI em Ponta Grossa, onde permaneceu por 15 dias. A vítima, de 38 anos, sofreu múltiplas fraturas e enfrenta limitações de mobilidade.
A Polícia Civil também investiga um possível terceiro caso de desaparecimento, onde a vítima pode ter sido morta pelos mesmos suspeitos. A operação contou com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar do Paraná (PM/PR).
Os criminosos já possuíam antecedentes criminais por tráfico de drogas. Agora, enfrentarão acusações de organização criminosa para tráfico, homicídio qualificado (consumado e tentado), tortura e ocultação de cadáver, podendo receber pena máxima de 60 anos de reclusão.
As autoridades seguem com as investigações para determinar o envolvimento dos suspeitos em outros crimes na região. A colaboração da comunidade é crucial para o avanço das investigações e a garantia da segurança local. Informações: TN On-line