Destino incerto: o que ocorre com smartphones roubados sem reivindicação?

Celulares recuperados em operação policial

A Polícia Civil de São Paulo enfrenta o desafio de identificar os proprietários de mais de 10 mil telefones celulares provenientes de roubos e furtos. Uma operação recente resultou na apreensão desses dispositivos em diversos locais suspeitos na capital e região metropolitana, culminando na detenção de 69 indivíduos sob suspeita de envolvimento em um esquema de receptação.

Para reaver os aparelhos, as vítimas precisam registrar um Boletim de Ocorrência (BO), informando o número de IMEI do celular. Este código, comparável a um RG, é crucial para distinguir cada dispositivo. O delegado Daniel Borgues enfatiza a importância do IMEI para a identificação dos donos e agilização da devolução, quando possível.

Contudo, o processo se torna mais complexo para celulares danificados, descarregados, sem bateria ou protegidos por senha. Nesses casos, a perícia e o departamento de inteligência entram em ação, utilizando softwares para quebrar a criptografia e extrair o número de IMEI.

As autoridades pedem que as vítimas aguardem o contato da polícia após o registro do BO, evitando visitas desnecessárias às delegacias. Mas, o que acontece com os celulares que não são reclamados?

Infelizmente, os aparelhos não identificados são destinados à destruição, após autorização judicial. Em uma atualização recente, a polícia informou a devolução de 737 celulares, a maioria na capital paulista.

A operação Big Mobile, que possibilitou a recuperação dos celulares, foi desencadeada a partir de informações obtidas nos BOs, rastreando os sinais de GPS dos aparelhos roubados até os locais de destino. A análise de mais de 1,5 mil BOs, registrados entre janeiro e fevereiro, mobilizou cerca de 2 mil policiais.

Nas fases anteriores da operação, outros 16 mil celulares foram recuperados, com aproximadamente 2 mil em processo de devolução. Em 2024, a Polícia Civil já recuperou mais de 39 mil celulares, devolvendo quase 36 mil aos seus proprietários, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Para facilitar a compreensão do processo, segue um resumo em formato de lista:

  • Registro do Boletim de Ocorrência (BO) com o número do IMEI do celular.
  • Aguardar o contato da polícia para a devolução, caso o aparelho seja identificado.
  • Celulares não identificados são destinados à destruição após autorização judicial.

A colaboração da população, através do registro detalhado dos roubos e furtos, é crucial para o sucesso das operações e a devolução dos aparelhos aos seus legítimos donos.

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