
A batalha judicial em torno da herança do renomado apresentador Gugu Liberato ganha novos contornos. A família de Gugu intensificou suas ações legais, buscando a condenação de Ricardo Rocha, indivíduo que alega ser filho do falecido apresentador. A ação, movida com o objetivo de defender o espólio e a memória de Gugu, também inclui um pedido de indenização que pode alcançar a cifra de R$ 100 milhões.
O imbróglio teve início quando Ricardo Rocha surgiu reivindicando a paternidade, o que paralisou a partilha dos bens. Exames de DNA realizados com o material genético da mãe de Gugu e seus irmãos descartaram qualquer vínculo familiar. Contudo, Rocha contestou os resultados, alegando que Gugu não seria filho biológico de sua mãe, Maria do Céu Morais Liberato, e solicitou a exumação do corpo.
A família Liberato, indignada com a persistência das alegações, acusa Ricardo Rocha de litigância de má-fé e busca reparação pelos danos financeiros e morais causados. Segundo os advogados da família, Rocha teria concordado em não prosseguir com o pedido de exumação caso os exames de DNA fossem realizados com a mãe e os irmãos de Gugu, acordo que, segundo eles, foi quebrado após os resultados negativos.
Os representantes legais dos herdeiros de Gugu, divididos em duas frentes lideradas por Carlos Regina e Nelson Wilians, protocolaram documentos solicitando a suspensão da exumação e a condenação de Ricardo Rocha ao pagamento de indenizações. A defesa argumenta que as ações de Rocha têm causado constrangimento e prejuízos significativos à família.
Além da questão da exumação, a família Liberato contesta o valor atribuído à causa por Ricardo Rocha, originalmente fixado em R$ 1.000. Diante dos prejuízos e do trabalho despendido, os advogados solicitaram a revisão do valor para R$ 250 milhões, correspondente à quantia pretendida por Rocha na partilha de bens. Caso a Justiça acate o pedido, Rocha poderá ser condenado a pagar honorários advocatícios de 20%, o que representaria um montante de R$ 50 milhões para cada escritório de advocacia, totalizando R$ 100 milhões. A multa por litigância de má-fé, que pode variar de 1% a 10% do valor da causa, poderia acrescer ainda mais a dívida.
Nelson Wilians, advogado de Marina e Sofia Liberato, declarou que não poderia fornecer detalhes adicionais devido ao segredo de justiça do processo. Ele afirmou que a família de Gugu avaliará medidas de reparação após a conclusão do caso, reiterando que a alegação de paternidade foi descartada por exames de DNA e que Ricardo Rocha persiste em apresentar novas teses sem fundamentação.
A reportagem buscou contato com os demais envolvidos, mas não obteve retorno até o momento da publicação. O caso segue em andamento, com a família Liberato buscando proteger o legado de Gugu e garantir que a justiça seja feita diante das alegações de Ricardo Rocha.