Estados Unidos elevam tarifas sobre produtos chineses para 104%, aprofundando tensão comercial

Tensão Comercial entre EUA e China
Créditos: Adrenaline

Os Estados Unidos intensificaram a disputa comercial com a China ao confirmarem a aplicação de tarifas de 104% sobre uma vasta gama de produtos importados. A medida, que entrou em vigor nesta quarta-feira, agrava as já existentes tensões econômicas entre as duas maiores potências mundiais. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou a decisão em uma entrevista à Fox Business, destacando que a ação é uma resposta à alegada falta de cooperação da China em relação às políticas comerciais americanas.

Segundo declarações oficiais, o ultimato dado pelo governo americano para que a China revertesse suas retaliações comerciais não foi atendido, levando à implementação das novas tarifas. O presidente americano expressou sua insatisfação através de redes sociais, mencionando a ausência de diálogo direto com representantes chineses.

Cronologia da Escalada Tarifária:

  • 2 de Abril: Anúncio inicial de tarifas sobre 180 países, com foco na China, resultando em uma tarifa de 34% que, somada às anteriores, totalizou 54%.
  • 4 de Abril: Resposta da China com a imposição de tarifas de 34% sobre produtos americanos.
  • Aumento da Pressão: Ultimato americano para que a China recuasse, sob pena de tarifas adicionais, elevando o total para 104%.

O impacto da decisão já se reflete nos mercados financeiros globais, com investidores demonstrando cautela diante da possibilidade de uma guerra comercial prolongada. As bolsas asiáticas e europeias apresentaram variações influenciadas por rumores de negociações, enquanto Wall Street experimentou instabilidade após a confirmação das tarifas. No Brasil, o Ibovespa também sentiu os efeitos da medida, revertendo uma alta inicial e fechando em queda, enquanto o dólar voltou a ultrapassar a marca de R$ 6.

A administração americana indicou que diversos países buscaram acordos para evitar o impacto das tarifas, mas o impasse com a China persiste. Pequim, por sua vez, reafirma sua disposição para o diálogo, mas rejeita qualquer forma de pressão unilateral. Empresas de ambos os países se preparam para os possíveis impactos nos preços de produtos, desde eletrônicos até componentes industriais. A comunidade internacional aguarda os próximos passos diplomáticos, em um cenário de incertezas e potenciais consequências para a economia global.

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