No Complexo do Chapadão, Zona Norte do Rio de Janeiro, Marcelo Santos Martins, de 52 anos, um vendedor ambulante, foi morto por uma bala perdida durante uma operação policial na manhã desta quinta-feira (13). Ele foi atingido quando se dirigia ao trabalho, levando o almoço para sua esposa, que também atua como camelô na região.

A Polícia Militar informou que agentes do 41º BPM (Irajá) estavam realizando patrulhamento ostensivo nas comunidades locais. A corporação não confirmou um confronto direto com criminosos no momento em que Marcelo foi baleado, mas informou que a área tem sido alvo de ocupação contínua por unidades militares desde agosto de 2024, com o objetivo de aumentar a segurança na região. Até o momento, a PM não reportou apreensões significativas ou prisões resultantes da operação.

O falecimento de Marcelo gerou manifestações e protestos na Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, onde manifestantes utilizaram ônibus, caminhões e um veículo da Comlurb para bloquear a via, criando barricadas improvisadas. A Polícia Militar foi acionada para conter o tumulto e restabelecer a ordem.

A Secretaria Municipal de Educação informou que as atividades em três unidades escolares foram interrompidas devido à operação policial e aos protestos, causando transtornos para alunos, professores e funcionários.

O incidente reacende o debate sobre os riscos enfrentados por moradores de comunidades em áreas de conflito, a necessidade de estratégias de segurança mais eficazes e a importância de proteger a vida e a integridade física dos cidadãos em operações policiais. As autoridades competentes devem investigar rigorosamente as circunstâncias da morte de Marcelo Santos Martins e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados. A sociedade clama por justiça e medidas que previnam a repetição de tragédias como essa.