Irmã Geneviève, conhecida por seu trabalho com minorias em Roma, quebrou o protocolo no velório do Papa, demonstrando uma amizade profunda e um compromisso compartilhado com os marginalizados. Sua vida simples em um trailer e sua dedicação aos outros inspiram e desafiam convenções.
Créditos: G1
No recente e solene funeral do Papa, uma cena chamou a atenção do mundo: uma freira, movida pela emoção, quebrou o protocolo para se aproximar do caixão. Essa figura, que demonstrava profundo respeito e carinho pelo pontífice falecido, é Geneviève Jeanningros, uma religiosa de 81 anos cuja vida é um testemunho de serviço e dedicação aos marginalizados. Irmã Geneviève, membro da fraternidade Irmãzinhas de Jesus, dedica sua vida a um projeto social que oferece apoio e acolhimento a minorias sociais em Roma. Longe dos luxos e confortos, ela reside em um trailer modesto na periferia da capital italiana, demonstrando sua identificação com os mais necessitados.
A ligação de Geneviève com o Papa Francisco transcendia os protocolos eclesiásticos. Ela frequentemente levava membros de sua comunidade para audiências no Vaticano, proporcionando-lhes a oportunidade de encontrar o líder da Igreja Católica e compartilhar suas histórias e dificuldades. Essa proximidade demonstra a importância que o Papa Francisco dava ao trabalho de Geneviève e ao seu compromisso com os mais vulneráveis.
Um exemplo notável da atuação de Irmã Geneviève foi o caso de um médico americano falecido em decorrência da pandemia de Covid-19. Após ter seu funeral católico negado devido à sua orientação sexual, a irmã levou os familiares do médico a Roma para um encontro com o Papa. Esse gesto de compaixão e solidariedade demonstra o compromisso de Geneviève com a inclusão e a justiça social. Em junho de 2024, Irmã Geneviève participou da Audiência Geral com o Papa Francisco, acompanhada por um grupo diversificado de pessoas, incluindo homossexuais, transexuais, um casal de catequistas e uma jovem engajada na Pastoral Carcerária. Ao ser questionada sobre a diversidade do grupo, Geneviève respondeu que não havia perguntado sobre a orientação sexual de ninguém, enfatizando que o foco era a partilha e o apoio mútuo.
No momento de dor e luto durante o velório do Papa, Irmã Geneviève, amparada por um segurança, aproximou-se do caixão, onde permaneceu por alguns minutos. Com uma mochila verde nas costas, ela ocasionalmente levava a mão ao rosto, expressando sua tristeza pela perda do amigo e líder religioso. Sua presença, embora tenha quebrado o protocolo, foi um testemunho da profunda amizade e respeito que existia entre ela e o Papa Francisco.
A história de Irmã Geneviève Jeanningros é um exemplo inspirador de dedicação, compaixão e serviço aos outros. Sua vida, vivida em um trailer modesto e dedicada aos marginalizados, é uma mensagem poderosa de esperança e solidariedade em um mundo que muitas vezes se esquece dos mais necessitados. Sua atitude no velório do Papa, embora fora do protocolo, foi um gesto sincero de amor e respeito por um líder que também dedicou sua vida aos mais pobres e excluídos.