Leci Brandão celebra 80 anos e exalta o samba como identidade nacional em festival memorável

Leci Brandão no festival Isso é Samba

O samba, genuíno representante da alma brasileira, será reverenciado em grande estilo no festival “Isso é Samba”, um evento imperdível para os amantes do ritmo que pulsa no coração do Brasil. Marcado para o Parque Villa Lobos, em São Paulo, o festival promete mais de dez horas de celebração musical, reunindo um time de estrelas do samba, incluindo Jorge Aragão, Diogo Nogueira, a icônica Leci Brandão, Marquinhos Sensação, Samba do Tatu, Pagode da 27, Thiago Bispo, Grupo Façanha, e uma homenagem especial aos 45 anos do Fundo de Quintal.

Leci Brandão, em entrevista exclusiva, expressou sua alegria e emoção em participar do festival, especialmente em São Paulo, cidade que respira samba. “O samba é a carteira de identidade do Brasil”, afirmou a sambista, ressaltando a importância do ritmo como símbolo da cultura nacional. Ela ainda brincou sobre a atmosfera do festival, descrevendo-o como uma “festa entre amigos”, onde se reúne com artistas que admira e com quem compartilha laços de amizade e história.

A compositora destacou a importância do Fundo de Quintal em sua trajetória, mencionando a longa história que os une. Sobre Jorge Aragão, Leci ressaltou sua amizade de anos e o talento do compositor, que já presenteou a sambista com belas canções. Um dos momentos mais aguardados do festival é a interpretação de “Zé do Caroço”, canção composta em 1978 e que se tornou um hino de resistência e representatividade, eternizada na voz do Art Popular e que ganhou nova roupagem com o grupo Revelação em 2005. A música retrata a realidade de um Brasil marcado por lutas e a história de Zé, um líder comunitário que fez a diferença no Morro do Pau da Bandeira.

“Se eu for cantar em algum lugar desse Brasil e não cantar ‘Zé do Caroço’, as pessoas ficam tristes comigo”, revelou Leci, consciente do impacto da canção em seu público e da importância de mantê-la viva em seu repertório. Leci Brandão, carioca de coração, também relembrou sua trajetória na Estação Primeira de Mangueira, escola de samba que a acolheu como a primeira mulher a integrar a ala de compositores, em 1972. Com orgulho, a sambista declarou sua ligação ancestral com a Mangueira, escola que faz parte de sua história desde o ventre materno.

Emocionada, Leci Brandão confessou que ainda se sente em êxtase com a homenagem que recebeu no Carnaval 2025, destacando o carinho de Iza e Ivete Sangalo, que a emocionaram profundamente. Aos 80 anos, a lenda do samba se mantém ativa e inspiradora, levando sua voz e sua paixão pela cultura brasileira para os quatro cantos do país.

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