Ministro afirma: Bolsa Família impulsiona PIB ao combater a pobreza

O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, destacou o impacto positivo do Bolsa Família no crescimento econômico do país, indo além da simples redução da pobreza. Ele enfatizou que o programa fortalece a economia local e contribui para o aumento do PIB, criticando projeções de mercado que não consideram o efeito de políticas públicas como essa. O ministro também anunciou a antecipação de pagamentos para famílias em áreas de emergência devido a desastres naturais e ressaltou as mudanças implementadas para garantir que o programa auxilie na superação da pobreza de forma sustentável.

Wellington Dias
Créditos : Agência Brasil

O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou a importância do programa Bolsa Família para o desenvolvimento econômico do Brasil. Em suas declarações, o ministro enfatizou que os benefícios do programa transcendem a simples erradicação da pobreza, impactando positivamente a economia em diversos municípios e contribuindo significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Dias criticou as projeções de crescimento do PIB feitas pelo mercado, que frequentemente subestimam o impacto de políticas públicas como o Bolsa Família. Segundo ele, o mercado tem consistentemente errado em suas previsões por não levar em consideração o efeito catalisador dessas políticas na economia brasileira. O ministro se mostrou otimista em relação ao crescimento econômico, prevendo um aumento entre 3% e 4% em 2025, contrastando com as estimativas mais conservadoras do mercado, que apontam para um crescimento de 1,5%.

“É a economia dos mais pobres que está impulsionando o crescimento no Brasil”, afirmou Dias. “São milhões de pessoas que antes não tinham dinheiro nem para comer, mas agora têm renda de trabalho, ou ganham um dinheiro extra ao se tornarem empreendedores ou com sua produção rural”. O ministro associou diretamente a saída da pobreza com o crescimento econômico, destacando o papel fundamental do Bolsa Família nesse processo.

O ministro enfatizou que as políticas públicas implementadas pelo governo federal, como o seguro-desemprego, a aposentadoria rural e o próprio Bolsa Família, funcionam como um “colchão de proteção” que permitiu ao Brasil retirar 33,1 milhões de brasileiros da fome. Ele ressaltou que, no início do governo Lula, muitas pessoas estavam passando fome, e que o índice de pobreza foi reduzido em 85%.

“Esse dinheiro que circula na economia no Amazonas, em Brasília, no Rio Grande do Sul, no Piauí e em todas as regiões do Brasil é também um fator para o próprio desenvolvimento do país”, disse Dias. “A circulação desse dinheiro ali, onde essas pessoas vivem, gera um mercadinho, uma feira, açougue, verdureira, vira salão de beleza. Enfim, gera uma atividade econômica”.

Durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Wellington Dias anunciou que o governo federal está liberando, a partir desta terça-feira (15), cerca de R$ 14 bilhões antecipados para os beneficiários que vivem em estados e municípios em situação de emergência ou calamidade devido a enchentes ou secas. Essa medida visa proporcionar um alívio financeiro imediato para as famílias afetadas por esses desastres naturais.

“Tomamos a decisão de antecipar o pagamento para este dia 15, nestes municípios de emergência”, explicou o ministro. “Esse pagamento quebra aquele interstício do calendário e paga todo o benefício. Ele é liberado e disponibilizado na agência da Caixa e na rede autorizada. É uma forma de poder as pessoas ter ali um dinheirinho para esse momento de grande dificuldade”. A medida abrange estados do Sul e do Norte, além do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, e também áreas do Nordeste afetadas pela seca, como Piauí e Ceará.

O ministro criticou manifestações preconceituosas em relação ao programa, que sugerem que o Bolsa Família desestimularia os beneficiários a buscarem outras fontes de renda. Dias argumentou que quem passa fome não tem disposição para buscar emprego, e que a fome pode levar a situações degradantes. Para garantir que o programa cumpra sua função de ajudar as pessoas a superarem a pobreza, foram implementadas mudanças profundas a partir de 2023, incluindo a possibilidade de o benefício não ser cancelado imediatamente após o beneficiário conseguir um emprego com carteira assinada.

“Ter a carteira assinada não pode ser critério para cancelar benefício, uma vez que o objetivo é alcançar a superação da pobreza”, afirmou Dias. “Havia um medo entre os beneficiários de, quando alcançar uma determinada renda, deixar de receber o Bolsa Família. Isso porque, tinha uma fila do tamanho do mundo para, posteriormente, caso perca o emprego, se retornar ao Bolsa Família”.

“Alteramos isso. Agora quem entra no cadastro único do Bolsa Família só sai para cima, através de uma renda de superação da pobreza. E se perde essa renda, volta automaticamente ao programa”, completou.

O ministro também mencionou as mudanças implementadas no programa para atender aos trabalhadores que prestam serviços de modo sazonal, evitando que uma renda extra temporária resulte no fim do benefício. “Sabemos que tem aquela pessoa que, em um mês de trabalho apenas, recebe um salário mais elevado do que o primeiro, e acaba saindo por conta do salário daquele mês. Para evitar isso, agora a gente divide esse salário por 12 meses. E consideramos a média da renda de 12 meses”, explicou.

Segundo Dias, essas modificações beneficiaram 4 milhões de famílias, o que equivale a cerca de 10 milhões de pessoas que recebem o Bolsa Família e salário. Além disso, o ministro destacou que 7 milhões de pessoas estão empreendendo e recebendo o Bolsa Família, e que 16,5 milhões de brasileiros passaram a trabalhar, seja empreendendo ou com empregos sazonais, evidenciando o impacto positivo do programa no mercado de trabalho e no empreendedorismo.

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