Uma operação policial em quatro estados desmantelou um esquema de desvio de salários de jogadores de futebol da Série A, incluindo Gabigol e Kannemann. Os criminosos usavam documentos falsos para abrir contas e realizar transferências fraudulentas. Os suspeitos podem enfrentar penas de até 30 anos por fraude eletrônica, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Uma vasta operação policial foi deflagrada na manhã desta terça-feira, abrangendo quatro estados brasileiros, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em desviar parte dos salários de jogadores de futebol de elite. As autoridades cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão contra os suspeitos de envolvimento no esquema fraudulento. Segundo informações apuradas pela TV Globo, a lista de vítimas inclui atletas renomados da Série A do Campeonato Brasileiro, como Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, atualmente defendendo o Cruzeiro, e o zagueiro argentino Walter Kannemann, do Grêmio. A operação, denominada ‘Falso 9’, mobilizou equipes policiais em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM). Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão.
A ação policial conta com o suporte técnico e operacional do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), um órgão especializado ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o que demonstra a sofisticação e a complexidade da investigação. As investigações revelaram que o grupo criminoso utilizava documentos falsificados para abrir contas bancárias em nome dos jogadores de futebol. Em seguida, os criminosos solicitavam a portabilidade dos salários das vítimas, direcionando os valores para as contas fraudulentas sob seu controle.
De acordo com a polícia, assim que os recursos eram transferidos para as contas controladas pelos golpistas, eles rapidamente realizavam uma série de transações financeiras, incluindo saques e compras, com o objetivo de pulverizar o dinheiro e dificultar o rastreamento e a recuperação dos valores desviados. Essa estratégia demonstra a sofisticação e o planejamento meticuloso da organização criminosa.
Os suspeitos enfrentam acusações de fraude eletrônica, uso de documento falso, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Caso sejam condenados por todos os crimes, as penas máximas, somadas, podem ultrapassar os 30 anos de prisão. A operação ‘Falso 9’ representa um duro golpe contra a criminalidade financeira e demonstra o compromisso das autoridades em combater fraudes que lesam não apenas os jogadores de futebol, mas toda a sociedade. As autoridades continuam a investigar a extensão total dos danos causados pelo esquema e a identificar outros possíveis envolvidos. A expectativa é que a operação ‘Falso 9’ contribua para aprimorar os mecanismos de controle e segurança no sistema financeiro, prevenindo futuras fraudes e protegendo os direitos dos cidadãos.