Paraná celebra talento estudantil em Olimpíada de Inovação, Ciência e Tecnologia

Estudantes do Paraná são premiados na Olimpíada Brasileira de Inovação, Ciência e Tecnologia, destacando o estado como referência em incentivo à educação e inovação.

Estudantes premiados na Olimpíada Brasileira de Inovação, Ciência e Tecnologia

Em uma cerimônia realizada na Secretaria de Estado da Inovação e Inteligência Artificial (Seia), estudantes da rede estadual de ensino do Paraná foram homenageados nesta segunda-feira, 9, com medalhas de reconhecimento pelo notável desempenho na Olimpíada Brasileira de Inovação, Ciência e Tecnologia (Obict). O evento, que também contou com a presença de representantes da Secretaria da Educação (Seed-PR) e da comissão organizadora da Obict, celebrou o talento e dedicação dos jovens paranaenses. Tradicionalmente, as medalhas são enviadas aos vencedores pelos Correios, mas a iniciativa conjunta das secretarias estaduais e da organização da olimpíada proporcionou um momento especial de reconhecimento e celebração.

Dez estudantes se destacaram na competição: Gabriel Santos Telles, João Paulo Machado Filho e Kauê Medeiros dos Santos foram agraciados com medalhas de ouro, enquanto Leonardo Boniatti da Luz Silva e Nicolas Jorge Nentwig de Camargo conquistaram a medalha de prata. Artur Hartmann, Eduardo Loiola de Souza, Beatriz Aparecida Costta Passos, Melissa Fernandes Sabbi e Rafael Santos Mehrel receberam a medalha de bronze. Sete dos dez medalhistas estiveram presentes na cerimônia.

A Obict, idealizada pela startup gaúcha EduSpace em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi realizada no segundo semestre de 2024 e estruturada em quatro fases. A competição atraiu um total de 36.500 inscritos em sua primeira edição, com o Paraná liderando a participação com 3.118 estudantes.

Alex Canziani, secretário da Inovação e IA, expressou seu entusiasmo e parabenizou os alunos e professores pelo sucesso alcançado. “É fantástico ver esse resultado, é um prenúncio do que vamos ver nesse ano. Temos que parabenizar a equipe da Secretaria da Educação, todos os professores, famílias e claro, os alunos, que como um todo fizeram um trabalho muito bonito e deram um show”, afirmou, demonstrando otimismo em relação às futuras edições da competição.

Roni Miranda, secretário da Educação, ressaltou que o desempenho dos estudantes reflete o trabalho desenvolvido no Paraná em colaboração com escolas e professores para engajar os alunos e impactar positivamente suas vidas. Ele destacou a importância da implementação de disciplinas como programação e robótica, visando preparar os estudantes para um mercado de trabalho cada vez mais tecnológico. “Quando a gente criou uma disciplina de programação, de robótica, foi com essa intenção, de deixar esse nosso estudante preparado para o mercado, para o mundo que é hoje, um mundo muito mais tecnológico. E hoje isso dá resultado, você vê o orgulho, os olhos dos estudantes brilhando com a medalha”, disse.

Os medalhistas paranaenses, com idades entre 12 e 16 anos, representam sete municípios do estado: Bandeirantes, Borrazópolis, Ponta Grossa, Rio Negro, Santa Cecília do Pavão, Santo Antônio da Platina e Santa Helena. Gabriel Santos Telles, aluno do Colégio Estadual José Anchieta, em Borrazópolis, compartilhou que a competição despertou seu interesse e o incentivou a buscar conhecimento além da sala de aula. “Dá uma motivada a mais, não só pela medalha, mas por estar junto com seus amigos competindo, além de dar esse incentivo para buscar mais sobre alguns assuntos que a gente não vê na escola e pesquisar outras coisas”, relatou.

Em reconhecimento aos esforços e dedicação na mobilização dos alunos, a comissão organizadora também homenageou os professores Bruno Ramos Stempniak, do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa, e Dyana Grazielli Altomani Braga, do NRE de Apucarana. O Paraná foi o único estado do Brasil a receber a premiação para os professores.

Stempniak, professor das disciplinas de Projeto de Vida e Pensamento Computacional, e no Programa Mais Aprendizagem, enfatizou a importância do trabalho cooperativo entre professores e alunos. “Receber esse troféu, sendo um dos dois professores destaque do Brasil, é justamente graças a esse trabalho cooperativo entre professor e alunos, porque temos que estar em sintonia. Trabalhamos em conjunto, seguindo uma linha única de pensamento, raciocínio e aplicação. O desenvolvimento de habilidades deles é ampliado e o meu também, eu aprendo muito, cresço muito com eles”, afirmou. Ele também destacou os benefícios de incentivar os alunos a participarem de olimpíadas intelectuais, ampliando sua visão educacional e contextualizando os temas estudados em sala de aula. As provas da Obict abordaram temas como Física, Biologia, Matemática e Química, além de tópicos avançados como Inteligência Artificial, aprendizagem de máquina, nanotecnologia, genética, computação quântica, energias renováveis e sustentabilidade. Richard Lucht, presidente da comissão organizadora, destacou o Paraná como um exemplo inspirador para outros estados, devido à alta mobilização e participação dos alunos. “O Paraná é um estado reconhecidamente inovador, que tem pujança econômica, socialmente relevante, e com a atitude de participar maciçamente ele consegue mostrar para outras unidade federativas a importância desse tipo de iniciativa para os alunos e professores, e a importância de incentivar os estudos nas áreas de inovação, ciência e tecnologia”, concluiu.

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