A Polícia Militar de São Paulo agora utiliza uma ferramenta do Google para bloquear remotamente celulares roubados, agilizando a recuperação e combatendo crimes relacionados a dispositivos móveis.
A Polícia Militar do estado de São Paulo (PMESP) iniciou a utilização de uma nova ferramenta desenvolvida pelo Google, que permite o bloqueio remoto de smartphones Android roubados ou furtados. A iniciativa visa aumentar a segurança dos cidadãos e reduzir a incidência de crimes relacionados a dispositivos móveis. O anúncio oficial da parceria entre o Google e a PMESP ocorreu durante o evento Google For Brasil, onde foi detalhada a funcionalidade antirroubo integrada ao sistema Android. A ferramenta permite que policiais militares bloqueiem o acesso ao aparelho da vítima diretamente da viatura, sem a necessidade de que ela se desloque até uma delegacia ou retorne para casa.
O acordo entre o Google e a Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) da PMESP possibilitou a integração do aplicativo Google Localizador nos tablets utilizados pelas viaturas policiais. Com isso, os policiais podem, no momento do atendimento à ocorrência, bloquear a tela do celular, rastrear sua localização, emitir um alarme sonoro e, em casos extremos, apagar todos os dados armazenados no dispositivo.
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a tecnologia está disponível para 80% dos celulares Android registrados no estado de São Paulo, desde que as funções de rastreamento e bloqueio estejam devidamente ativadas pelo usuário. Para os 20% restantes dos aparelhos, a ferramenta de bloqueio ainda não está disponível, mas a PMESP pode utilizar o sistema para localizar o celular e emitir um alerta sonoro.
A SSP ressalta a importância de que os usuários de smartphones Android ativem as funções de rastreamento e bloqueio em seus aparelhos. Em caso de roubo ou furto, o recurso só poderá ser utilizado se estiver previamente configurado no dispositivo.
Em uma ação recente, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) realizou a entrega de 43 aparelhos celulares recuperados após roubos e furtos. A recuperação foi possível graças ao cruzamento de dados dos boletins de ocorrência com as informações fornecidas pelas operadoras de telefonia. Na capital paulista, 824 vítimas já foram notificadas, com mais de 270 comparecendo às delegacias e cerca de 100 celulares já devolvidos aos seus proprietários.
A eficácia do sistema depende da colaboração da vítima, que deve registrar o boletim de ocorrência o mais rápido possível e fornecer o número do IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) do aparelho. Com essas informações, o celular entra automaticamente no sistema de rastreamento da polícia, permitindo sua localização caso seja reativado por outra pessoa.
Dados da Secretaria da Segurança Pública revelam que, entre janeiro e maio deste ano, foram registrados 110 mil roubos e furtos de celulares no estado de São Paulo, representando uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na capital, foram contabilizadas mais de 68 mil ocorrências, com uma redução de 1%.
De acordo com a SSP, cerca de 5 mil crimes foram evitados por meio de ações preventivas, como o bloqueio imediato dos aparelhos pelas equipes policiais em viaturas. O secretário Guilherme Derrite enfatizou a importância do registro do boletim de ocorrência e da posse do número IMEI para o combate aos crimes de roubo e furto de celulares. Para a SSP, 5 mil crimes foram evitados com ações de prevenção, como o bloqueio imediato dos aparelhos pelas equipes, nas viaturas.
Confira abaixo qual é o passo a passo para essa devolução:
- Registre o Boletim de Ocorrência: Ao ser vítima de roubo ou furto, registre imediatamente o boletim de ocorrência.
- Forneça o IMEI: Tenha em mãos o número do IMEI do seu aparelho e forneça-o no momento do registro do boletim de ocorrência.
- Mantenha o Rastreamento Ativo: Verifique se as funções de rastreamento e bloqueio do seu celular Android estão ativadas.