Renato Gaúcho: a estratégia e a evolução tática no Mundial de Clubes

Renato Gaúcho demonstra evolução tática no Mundial de Clubes, desconstruindo a imagem de técnico pouco estudioso e adaptando estratégias para o Fluminense.

Renato Gaúcho

Após liderar o Fluminense na conquista da Copa do Brasil e encerrar um período de 15 anos sem títulos relevantes para o clube, o técnico Renato Gaúcho tem demonstrado uma faceta estratégica que desafia estereótipos. Suas declarações anteriores, que geraram controvérsia, agora contrastam com a abordagem tática evidente no Mundial de Clubes. A trajetória do treinador, frequentemente associado a um estilo de vida descontraído, ganha novos contornos à medida que sua preparação e conhecimento tático vêm à tona. A imagem de Renato Gaúcho como um técnico avesso a estudos aprofundados de futebol tem sido gradualmente desconstruída. Contrariando as percepções iniciais, fontes próximas ao treinador revelam uma rotina intensa de análise de jogos. Renato assiste a um grande número de partidas, abrangendo não apenas a Série A, mas também as Séries B e C do Campeonato Brasileiro. Essa imersão no universo do futebol nacional demonstra um comprometimento com a compreensão detalhada das nuances do esporte.

A utilização de exemplos de outras equipes em vídeos exibidos aos jogadores do Fluminense, como durante a partida entre Flamengo e Bayern de Munique, ilustra a capacidade de Renato em extrair lições táticas relevantes. Além disso, seu profundo conhecimento dos jogadores do futebol brasileiro surpreende até mesmo a diretoria do clube. Ao ser consultado sobre possíveis contratações, Renato demonstra familiaridade com os atletas e suas características, evidenciando um acompanhamento constante do cenário esportivo.

No decorrer do Mundial de Clubes, Renato Gaúcho apresentou diferentes variações táticas para o Fluminense. Diante do Borussia Dortmund, optou por uma formação com três meio-campistas e um ataque composto por Arias, Canobbio e Everaldo. Já contra o Ulsan, o time adotou um esquema 4-2-3-1, com Ganso como articulador. Na partida decisiva contra a Inter de Milão, Renato surpreendeu ao espelhar a formação com três zagueiros, demonstrando adaptabilidade e capacidade de surpreender os adversários.

Um elemento fundamental na equipe de Renato Gaúcho é a presença de Alexandre Mendes, auxiliar técnico e estudioso do futebol. Com uma longa trajetória ao lado de Renato, Alexandre desempenha um papel ativo nos treinamentos, promovendo discussões táticas e análises de vídeos. Sua participação é valorizada no Fluminense, onde sua experiência e conhecimento contribuem para o desenvolvimento estratégico da equipe. Renato Gaúcho valoriza a opinião dos jogadores em relação às questões táticas, incentivando o diálogo e a troca de ideias. A prova disso foi a sugestão de Thiago Silva nos minutos finais da partida contra a Inter, prontamente acatada pelo treinador. Essa abertura demonstra uma abordagem colaborativa, em que o conhecimento e a experiência dos jogadores são considerados na tomada de decisões.

A participação de Renato Gaúcho no curso da CBF para obtenção da Licença Pro para treinadores, obrigatória desde 2019, revela um comprometimento com a atualização e o aprimoramento profissional. Apesar de ter mencionado estar em um ambiente rigoroso durante o curso, o treinador concluiu a formação, demonstrando sua disposição em se manter atualizado com as exigências do futebol moderno.

O Fluminense se prepara para enfrentar o Al Hilal em busca de uma vaga nas semifinais do Mundial de Clubes. A partida está marcada para sexta-feira, às 16h (de Brasília), no Estádio Camping World Stadium, em Orlando. A expectativa é de um confronto estratégico, em que a capacidade de Renato Gaúcho em surpreender e adaptar o time será fundamental para alcançar a vitória.

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