A Fórmula 1 retorna à TV Globo após cinco anos na Band, em um momento de transformação da categoria, com um público mais jovem e diversificado. A emissora busca aproveitar essa nova F1, alinhada com seu público-alvo.
O anúncio do retorno da Fórmula 1 à TV Globo gerou reações mistas entre os fãs. Há quem critique a emissora por não ter dado o devido valor à categoria no passado, enquanto outros questionam se a crescente popularidade da F1 no Brasil é resultado do trabalho da Band ou de um fenômeno global.
Durante os últimos cinco anos, a Band abraçou a F1, transmitindo todas as corridas ao vivo e criando o slogan “isso, a Band mostra”. No entanto, apesar da grande audiência, a emissora não obteve os resultados comerciais esperados, o que dificultou a renovação do contrato.
A volta da F1 à Globo ocorre em um momento em que a categoria passa por uma transformação. A série da Netflix “Dirigir Para Viver”, a pandemia e o retorno do esporte em 2020 impulsionaram a audiência, atraindo um público mais jovem e diversificado. Os pilotos também se tornaram mais acessíveis, mostrando suas personalidades nas redes sociais.
De acordo com uma pesquisa recente, a F1 cresce 40% ao ano nas plataformas digitais, com um engajamento duas vezes maior do que outros esportes. Atualmente, 42% dos torcedores têm menos de 35 anos, e 74% dos novos fãs são mulheres, principalmente entre 18 e 24 anos. A F1 Academy, categoria feminina, é mais popular que a F2 e F3.
A Globo busca aproveitar essa nova F1, alinhada com seu público-alvo. O acordo prevê a transmissão de 15 corridas ao vivo, sem o “esquenta” e o pódio, que prejudicam a audiência. Resta saber se a emissora dará o devido valor à categoria e se o retorno trará os resultados esperados.
A Band desempenhou um papel importante na manutenção da F1 no Brasil, transmitindo todas as corridas ao vivo e investindo na cobertura. No entanto, a emissora não obteve os resultados comerciais esperados, o que dificultou a renovação do contrato. A volta da F1 à Globo representa um novo capítulo na história da categoria no país.
Apesar das críticas iniciais, a emissora demonstra estar atenta às mudanças no perfil do público da F1, buscando oferecer uma programação mais atraente e alinhada com os interesses dos novos fãs. Resta saber se a Globo conseguirá capitalizar o sucesso da categoria e consolidar sua posição como principal canal de transmissão da F1 no Brasil.