Uma nova reportagem do MyDrivers revela o lançamento de um servidor totalmente nacional desenvolvido pela Loongson, marcando um avanço significativo na indústria de tecnologia chinesa. Equipado com até 64 núcleos físicos, este computador utiliza dois processadores 3C6000, interconectados através da tecnologia proprietária Loongson Coherent Link.

Este desenvolvimento surge como parte dos esforços da China para fortalecer seu setor computacional e reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras, especialmente em um contexto de tensões comerciais com os Estados Unidos. As tarifas impostas em produtos chineses intensificaram a busca por alternativas nacionais robustas.

O servidor apresenta processadores de 16 núcleos e 32 threads, representando um salto evolutivo em relação à geração anterior, o 3C5000. Com suporte para conexões de até oito vias, um único rack de servidor pode alcançar até 128 núcleos e 256 threads. A tecnologia Dragon Chain garante a otimização do desempenho do sistema de interconexão.

Testes internos indicam que o desempenho do Loongson 3C6000 é comparável ao do Intel Xeon 4314 da geração Ice Lake. Embora ainda não rivalize com as opções mais avançadas disponíveis globalmente, a Loongson concentra-se na construção de uma infraestrutura sustentável e na expansão de oportunidades no mercado interno.

As disputas comerciais entre a China e os EUA têm impulsionado a demanda por hardware nacional. A Loongson está ganhando espaço, particularmente no setor governamental. Apesar dos desafios, o ritmo acelerado de inovação sugere que a empresa terá um impacto significativo no mercado chinês nos próximos anos.

Desde o ano anterior, a China tem se preparado para um possível retorno de Trump. Durante seu primeiro mandato, empresas como Huawei, ZTE e SMIC enfrentaram restrições comerciais que limitaram o acesso a tecnologias americanas essenciais. Essas medidas incentivaram um movimento em direção à autossuficiência tecnológica.

Além disso, a suspensão do serviço postal dos EUA para encomendas da China e Hong Kong agrava ainda mais a disputa, reforçando a necessidade chinesa de fortalecer a produção interna. Trump também mencionou a possibilidade de impor taxas elevadas sobre chips fabricados em Taiwan, buscando incentivar a migração da produção para os EUA. No entanto, ele também indicou a intenção de revisar os acordos do CHIPS Act, criado para atrair a produção de semicondutores para os EUA.