O Vaticano anunciou que o conclave para a eleição do novo Papa terá início no dia 7 de maio. Cardeais de todo o mundo se reunirão para escolher o sucessor de Francisco em um processo complexo e tradicional.
A Santa Sé confirmou que o conclave para a eleição do novo Papa está agendado para começar em 7 de maio. O anúncio foi feito após uma série de reuniões preparatórias entre os cardeais, marcando o início formal do processo para selecionar o sucessor do Papa Francisco. A decisão sobre a data foi tomada durante a Congregação Geral, uma reunião a portas fechadas que envolveu cerca de 180 cardeais. Destes, um pouco mais de 100 são elegíveis para participar do conclave propriamente dito, conforme informações divulgadas pelo Vaticano. Essas congregações têm sido realizadas desde o falecimento do Papa Francisco, servindo como um período de planejamento e organização para a transição de poder na Igreja Católica.
Como parte dos preparativos, a Capela Sistina, local emblemático onde as votações ocorrerão, foi fechada ao público. Este fechamento permite que os funcionários do Vaticano preparem o espaço para o conclave, garantindo a segurança e a privacidade necessárias para o processo eleitoral. O início do conclave segue-se ao período de Novendiales, os nove dias de luto em memória do Papa falecido. Este período de luto, que começou após o sepultamento de Francisco, é uma tradição respeitada pela Igreja Católica e precede a solenidade da eleição do novo líder.
A programação do dia 7 de maio inclui uma missa matinal na Basílica de São Pedro, conhecida como ‘Pro Eligendo Romano Pontifice’ – em português, ‘Pela eleição do Pontífice Romano’. Após a missa, os cardeais se dirigirão à Capela Sistina para dar início formal às votações. A expectativa é que o processo eleitoral seja conduzido com a máxima diligência e oração, buscando a orientação divina na escolha do novo Papa. Embora os conclaves de 2005 e 2013 tenham sido relativamente breves, durando apenas dois dias, a história da Igreja registra eleições papais que se estenderam por semanas e até anos. A duração do conclave é imprevisível e depende da capacidade dos cardeais de alcançar um consenso sobre o próximo líder da Igreja.
Durante o conclave, os cardeais eleitores permanecerão confinados em uma área restrita do Vaticano, conhecida como ‘zona de conclave’. Eles prestarão um juramento de sigilo absoluto, comprometendo-se a não divulgar detalhes do processo eleitoral. As votações ocorrerão dentro da Capela Sistina, sob a vigilância de oficiais da Igreja e em um ambiente de oração e reflexão. Neste conclave, 133 cardeais de diversas partes do mundo terão o direito de votar. A participação global reflete a universalidade da Igreja Católica e a importância de considerar diferentes perspectivas na escolha do novo Papa. O Brasil estará representado por sete cardeais, que participarão ativamente do processo eleitoral.
A Capela Sistina, famosa por seus afrescos renascentistas, desempenhará um papel central no conclave. O fechamento da capela ao público permite que os preparativos finais sejam realizados, garantindo que o local esteja pronto para receber os cardeais e facilitar o processo de votação. Visitantes que tiveram a oportunidade de conhecer a Capela Sistina antes do fechamento expressaram sua admiração e gratidão. A capela é um tesouro artístico e espiritual, e sua beleza atrai milhões de visitantes todos os anos. O fechamento temporário para o conclave ressalta a importância do evento e o respeito que a Igreja dedica ao processo eleitoral.
Para ser eleito Papa, um cardeal precisa obter dois terços dos votos. As votações são secretas e as cédulas são queimadas após a contagem. Se o conclave deste ano reunir 133 cardeais, serão necessários pelo menos 89 votos para eleger o novo líder da Igreja. Se após 34 votações não houver consenso, os dois cardeais mais votados na última rodada participarão de uma espécie de ‘segundo turno’. Mesmo nesse caso, será necessário atingir dois terços dos votos para que um deles seja eleito Papa.
A história da Igreja Católica é repleta de conclaves memoráveis, alguns dos quais foram concluídos em poucos dias, enquanto outros se estenderam por semanas ou meses. O conclave mais longo da história durou mais de dois anos e resultou na eleição de Gregório X no século XIII. Para facilitar a cobertura jornalística do evento, a Santa Sé prorrogou as credenciais temporárias de jornalistas que cobrem o Vaticano até 31 de maio. Essa medida permite que a imprensa acompanhe de perto o conclave e informe o público sobre os acontecimentos no Vaticano. O calendário de imprensa da Santa Sé indica que o período de funeral e conclave se estende de 21 de abril a 11 de maio. Essas datas são simbólicas e visam organizar a cobertura mundial do evento. A duração real do conclave é incerta e dependerá da capacidade dos cardeais de chegar a um consenso sobre o novo Papa.
